Se Silvinha Araújo tivesse optado pelo repertório do rock´n´roll certamente sua voz de potência rascante, nos lembraria que havia no Brasil uma cantora como Janis Joplin. Mesmo não tendo escolhido esse caminho, a personalidade da extensão vocal cristalina e versátil de Silvinha Araújo já nos é familiar desde os saudosos tempos da Jovem Guarda. E, há 35 anos o mesmo timbre inconfundível tem registro garantido na galeria das grandes cantoras brasileiras. As vozes do Brasil são muitas e as femininas, especialmente, brilham com uma intensidade tão peculiar quanto à própria história de vida de suas protagonistas. Para Silvinha, o casamento e os filhos a tiraram do rumo comum de carreiras semelhantes. Não importa. O fato de ouvir sua afinação impecável em jingles de comerciais que alcançaram amplo sucesso popular, já nos dá a grandeza e generosidade com que essa cantora brasileira encara seu ofício. Suas incursões pelo mundo do disco, embora econômicas -- e talvez por isso mesmo -- soam como momentos de prazer, na intensidade de quem abre o coração para sentir e interpretar sons e versos. Uma mulher que canta desde os 15 anos e usou seus recursos pelos vários gêneros pelos quais nossa música viajou por todo esse tempo. Essa é a Silvinha Araújo que volta à cena com todo o vigor de sua experiência e talento.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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